segunda-feira, 7 de abril de 2008
Me and my mustache
Bigodes para que te quero, bigodes como te amo.
Bigode, a Big Ode à masculinidade, à virilidade, ao charme robusto e à autoridade. O bigode é sinal de nobreza e de maturidade; indica que você tem um bom barbeiro.
Ou você acha que é fácil impinar uma bigodela assim tão simetricamente? Lênins e Nietzches tinham lá seus carpinteiros lapidadores do buço. E que buço, um bução. A pessoa entra na história por motivos variados, mas seu bigode marca o estilo - muitas vezes contraditórios, como Chaplin X Hittler, ou Bronson X Cel. Mostarda.
Quando eu era um mero pirralho de 10 anos, meus amigos inventaram um time de futebol, o Grêmio Underpants with Mustache. Sim, cuecas de bigodes, na pré-adolescencia, o bigode vem por baixo. Um sucesso, todos se maravilhavam com os pares felpudos da virilha e a piada valia para as panties with berds - versão feminina da agremiação.
Até a entrada na faculdade, o bigode era algo distante e sublime, absurdo - e porque não antiguado e impensável para nossa época. Mas a moda é como uma roda gigante, vai voltar, tudo vai voltar - tudo não! acho que nunca mais teremos homens de ceroulas e mulheres de maiôs com rendas enormes nas praia.
Não é que a moda deu de falar que bigode é a última. Uma questão de estilo, bom gosto, de revival pós-moderno e charme incondicional dos poucos que além de buço farto tem bom gosto. Agora o hype quer bigode, acha que pode. Até o seu fim - Rivelino nos campos e F. Mercury no microfone - o bigode era vocativo masculino, de macheza. Mario Bros, o nosso Mickey Mouse italiano que o diga, puxa o rabo do dragão para pegar a mocinha. É semiótico, subliminar, freudiano, essa história do bigode é sinônimo de Hércules.
Tanto machismo soa banal hoje em dia, talvez seja por isso que o bigode voltou com tudo. Na era da fêmea de poder e do macho metrossexual. Para que tanta força bruta, fofa? Bigode neles!
- Esse post é para o buço requintado e para a festa do bigode (nova onda, dia 12)
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Um comentário:
Bigode é a nova onda do imperador, Renato Picanha. E viva os modernos!
E viva a Festa do Bigode!
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