quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O tempo faz meu dia

O Tempo perguntou para o tempo:
- Quanto tempo o tempo tem?
O tempo respondeu para o Tempo, que o tempo tem tanto tempo quanto Tempo o tempo tem.

Nisso, o Tempo pegou seu calibre .38 negro como a noite e, com o simples pensamento "Make my day", arrancou a vida dos braços do tempo.

Após isso, toda a humanidade caiu nos braços da incerteza que é a seleção Brasileira de futebol.

Por isso eu digo: Vai Curíntia!!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Armação ilimitada

Bendito seja o fruto desse ventre gosmento que chamamos de útero, nossa casca de ovo. Nossa geléia primeira. Quanto gosto, quanta aventura!



Sim, amigos, começo esse post com lágrimas nos olhos. Estes olhos tão pale blue, tão caídos. Olhos que já viram tudo. Com eles eu dedico todos os agradecimentos por ter nascido, por ter sido radicado como ser humano – com tele encéfalo desenvolvido e polegar opositor. Alegria, alegria!



De bobeira é que eu não estou, o problema é que o foco estava muito bem ajustado nessa temporada sem postagem, sem alegria. Monótona como as irmãs da Margie Simpson. Mas agora o assunto guinou, a pauta foi restabelecida e o ganha-ganha está no ar.



Ganho eu, ganha você. Eu com a alucinação da minha verborragia alagando a sua cuca e você com o incremento desnecessário de hipertexto quase esparramado.

Mas, vamos falar de Eyewear, ou a pauta da vez. Roupa de olho. Ou o substituto imediato e maroto ao colírio nosso de cada badego (ou pandeiro do samba do criolo doido). Sim é de óculos que eu escrevo, e sobre esse delicado objeto a quem dedico as próximas linhas.



Vamos começar com a familiaridade. Antes o óculos, era monóculo, lente ou esferas de vidros. Como primos, temos o binóculo, o telescópio e o microscópio, estes dois últimos de parentesco mais distante. Também temos exemplos claros na literatura e no cinema de óculos para ciclopes, óculos sem hastes e óculos com dois tipos de lente: estas, mais de sol e estas, Pederneiras, mais de claridade.



Volta foco. Quem nunca usou o luneto escuro para esconder aquela maresia jamaicana que jogue a primeira pedra! Eu ainda sou a favor de sunclasses em pleno expediente, para driblar aquele soninho que pega de jeito a população corporativa após o almoço.



Ainda vale um óclinho de borda e lentes grossas para chegar na pepeca (ou periguete sapeca) que curte um cinema alternativo. Um lance cult. A guria que se amarra em Sartre e Beuvoir, que tem tesão pelo Gael e pelo Brando. Que tá afim de fugir para Londres e catar uns francesinhos de sotaque e Gouloises fumacentos. Para esse tipo de fêmea, dou a dica, borda nelas. Ai eu quero ver se o bicho não pega.



Mas, você, jovem empreendedor corporativo, menino de visão. De vontade. Que nada sabe sobre a fase católica do Bunuel, ou nunca desfrutou do horror cru de Argento, pode catar a muguegada com óculos. Não o de borda. Não a espécie de fêmea culta, que coabita a região da augusta.

Mas sim a menina sarada, cheia de disposição para a pista e para o Creo. A mina de academia. essa sim tem ancas dignas de corte. Essa sim sabe suar a camisa para (como dizem muitas com quem converso) ficar gostosa para o namorado. Ou ficar gostosa para se jogar na pista e (gata) A-RRA-SAR. Elas merecem um mancebo de requinte e biceps em dia, abdome de tanquinho e coxas de estivador. Ou um hype-moderno óculos de haste de fibra de carbono da pérsia e lentes transitions que não só escurecem com o escesso de luz, como também deixam seu semblante muito a cara do Vin Diesel ou do Kelly Slater. Coisa de macho, forte, mas coisa de quem não nega a miopia e o amor descarado pelo sexo oposto.



Em último e nada menos importante. É hora de reviver os óculos que marcaram época. Você sabe, você conjuga. essa época do pós moderno, do hyperama, do comofas, do bjomeliega pede óculos.



Clamam por óculos esses pagãos do neo-pop, da celebridade sem privacidade. Mas como o momento dessa turma é o momento do momento de agora (ou de antes(ou de depois)) vale qualquer coisa, desde que esteja em sintonia com o imediatismo da parada. Let me explain. Para ser in, cool ou cobra você tem que saber pegar a bola quicando e acertar ali, na caixa. Se for para barbarizar e fuzilar na barba longa, na jaqueta de couro, seu óculos ou é igual ao do Morisson, ou você está out. Mas se você quer sair com 2 cores primárias no tenis, calça de bordado cinza e moleton laranja, ou seu óculos (fino) é igual ao do brô do Hot Chip, ou você não sabe se vestir. Se é pra ser (BEE) tem que ser direito. Ai vale revivals de óculos do Bob Dylan até os mais que chics neo-retros italianos. Ai, gata, se é pra sair assim fica em casa.



Bem, essa foi a toada de jeito/maneiras de você não fazer feio na BEWARE ou pelo menos ter assunto com a gatinha quando estiver lá.




- Mina, que festa louca esssa de óculos. Eu que não sou miope estou vesgo de amor por ti, curintia.

- Gato, que arraso esse eu óculos de ano novo. Que revival, isso é tão anos 2000.

- Ah gata, eu me arrumo para qualquer situação. Como faço para me arranjar seu coração ?

É assim que vai ser o pancadão B.E.W.A.R.E. @ Torre, com deejays seletos, mulhres guapas e muchachos eufóricos.



Esqueça as olimpíadas. Lá, o máximo que você vai conseguir são óculos de natação. De um tapa na sua miopia de amor, no estrabismo de foco e no daltonismo de tesão.

Se jogue na Beware. De óculos. Você não bateria numa pessoa de óculos, bateria ?



Pimba!

Vá lá:

Sábado, 16, na torre do dr. Zero. R$ 10ão e um par de armações para sorrir e ser visto.